A fauna da Floresta Atlântica representa uma das mais ricas em diversidade de espécies e está entre as cinco regiões do mundo que possuem o maior número de espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e sementes.

“A Terra em sua biografia conheceu cataclismos inimagináveis, mas sempre sobreviveu. (...) A degradação crescente de nossa casa comum, a Terra, denuncia mossa crise de adolescência. Importa que entremos na idade madura e mostremos sinais de sabedoria. Sem isso não garantiremos um futuro promissor. (...) Precisamos de um novo paradigma de convivência que funde uma relação mais benfazeja para com a Terra e inaugure um pacto social entre os povos no sentido de respeito e de preservação de tudo que existe e vive. Só apartir desta mutação faz sentido pensarmos em alternativas que representem uma nova esperança.”

Leonardo Boff
Extraído do livro: Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela terra.

Preservar o meio ambiente : um compromisso de todos.

Ferro Velho - Euphonia pectoralis

Taxonomia
Reno: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Sub Ordem: Passeri
Parvordem: Passerida
Famíla: Fringilidae (Leach, 1820)
Espécie: E. pectoralis

Nome popular: Ferro-velho

Distribuição:
Alagoas e da Bahia e Minas Gerais em direção oeste até o Mato Grosso e em direção sul até o Rio Grande do Sul. Encontrado também no Paraguai e Argentina.


Características:
Mede 11,5 cm de comprimento e pesa cerca de 16,5 (macho). O macho tem as partes superiores, garganta e peito azul-metálico,contrastando com a barriga castanha, e a fêmea é olivácea nas partes supeiores cinzenta na inferiores,e com a cabeça azul (píleo), que nos filhotes é verde.


Hábitos Alimentares:
Alimenta-se de frutos e insetos.

Foto : Rafael Mendes

Sabiá Laranjeira - Turdus rufiventris

Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Sub Ordem: Passeri
Parvordem: Passerida
Família: Turdidae (Rafinesque, 1815)
Espécie: T. rufinestris


Nome Popular: Sabiá-laranjeiras


Ditribução:
Presente do Maranhão ao Rio Grande do Sul, é o Sabiá mais conhecido do Sudete, sendo menos numeroso no Nordete. Encontrado também na Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Habitam florestas, matas abertas, capoeiras, cercas-vivas, áreas urbanas arborizadas. Nas florestas é encontrado com mais freguência no estrato médio e em jardins no chão.


Características:
Mede 25 cm de comprimento e pesa: o macho 68 gramas, fêmas 78 gramas. Tem plumagem parda, com exceção da região do ventre, destacada pela cor vermelho-ferrugem, levemente alaranjada, e bico amarelo-escuro. Não há dimorfismo sexual, macho e fêmea são iguais.
O Sabiá, que pode viver entre 25 a 30 anos, migra pra regiões mais quentes no inverno.


Hábitos Alimentares:
Alimenta-se de várias frutas carnosas. Gostam muito de furar as laranjas maduras em busca de seu suco. buscam alimentos vivos como insetos, moluscos e minhocas.


Foto : Celeste Takche

Saí Azul - Dacnis cayana

Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriforme
Sub Ordem: Passeri
Parvordem: Passerida
Família: Thraupidae (Cabanis, 1847)
Espécie: D. cayana (Linnaeus, 1766)


Nome Popular : Saí-Azul, Saí-Bico-Fino, Saí-Bicudo


Distribuição:
Ocorre em todas as regiões do Brasil.
Vive à beiras de matas, em várias altitudes, geralmente nas copas de matas altas.


Características:
Mede aproximadamente 13 cm e pesa em média 16 gramas. Apresenta acentuado dimorfismo sexual : o macho é azul e negro, com as pernas vermelho-claras, a fêmea é verde, com a cabeça azulada e penas alaranjadas.
Seu canto é um gorjear fraco.


Hábitos Alimentares:
Frutos, insetos e néctar. São muitas vezes encontrados em árvores floridas, ou para sugar o néctar ou para caçar insetos atráidos pelas flores.




Espécie Ameaçada de Extinção

Foto : Rafael Mendes

Beija-Flor Tesoura - Eupetomena macroura

Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae (Vigors, 1825)
Sub Família: Trochilinae (Vigors, 1825)
Espécie : E. macroura

Nome Popular : Beija-Flor-Tesoura


Distribuição:
Todo o Brasil, exceto as regiões da Amazônia. Das Guianas a Bolívia.


Características:
Um dos maiores beija-flores, podendo chegar a 19 cm de comprimento e pesar 9 gramas, caracteriza-se pela cauda profundamente bifurcada que toma quase 2/3 do tamanho total. A cabeça e o pescoço são azuis e o resto do corpo com plumagem verde escuro brilhante.


Hábitos Alimentares :
Assim como outros beija-flores alimenta-se basicamente de néctar das flores, mas também caça pequenos insetos com grande habilidade.

Mico Estrela - Callithrix penicillata

Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Super Classe: Tetrapoda
Classe: Mammalia
Sub Classe: Theria
Ordem: Primates
Família: Calithrichidae
Gênero: Callithrix
Espécie: C. penicillata

Nome Popular: Mico-Estrela, Sagui-de-Tufo-Preto

Distribuição:
Habitam Cerradões, Florestas semidecíduas, Florestas secundárias e Matas ciliares.

Características:
Chega a medir até 30 cm de comprimento, pesa pouco mais de 230 g. A cauada, medindo 35 cm, é usada para manter o equilíbrio nas árvores.
Apresenta cabeça escura (pelagem preta ou marrom) com uma mancha típica da espécie. A coloração é geralmente acinzentada, e a cauda apresenta listras brancas e pretas intercaladas. Os dentes inferiores são alongados e servem para perfurar o tronco de árvores e retirar a goma. São considerados evoluídos tanto morfologicamente quanto ecologicamente uma vez que o dente do ciso, presente nos demais primatas, é ausente na espécie. Os membros superiores são mais curtos que os inferiores, e apresentam unhas em forma de garras.

Hábitos Alimentares:
Come frutos, insetos e pequenos vertebrados, como filhotes de passarinhos, pererecas e pequenos lagartos. Aproveita também a goma de algumas árvores, como o angico, que suga com sua dentição especializada.

Espécie Invasora

Foto : Rafael Mendes

Beija-Flor Rubi - Clytolaema rubricauda

Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classes: Aves
Ordem: Apodiforme
Família: Trochilidae (Vigors, 1825)
Sub Família : Trochilinae (Vigors, 1825)
Espécie: C. rubricauda (Boddaert, 1783)


Nome Popular: Beija-Flor-Rubi


Distribuição:
Habita o interior das Matas e Florestas, jardins e bananais


Características:
Tamanho aproximado é de 12 cm.
O macho é predominantemente verde, com a cauda avermelhada que lhe dá o epíteto específico de rubricauda, se destaca pela coloração rubi do papo e o verde cintilante da fronte do peito.
A fêmea tem coloração canela na parte de baixo do corpo, cabeça e dorso verdes.


Hábitos Alimentares:
Os beija-flores são excelentes polinizadores,mais especialmente de bromélias e orquídeas. Muitas espécies de helicônias e hibiscos também são polinizadas por essas aves. Além do néctar das plantas os beia-flores também consomem insetos.

Foto : Rafael Mendes

Jararacão - Bothrops moojeni

Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Sub Ordem: Ophidia
Família: Viperidae
Gênero: Bothros
Espécie: B. moojeni

Nome Popular: Jararacão

Distribuição:
Muito comum em todo Brasil, em especial em Campos e nos Cerrados
Características:

Alcança até 1,50 metros de comprimento.
Costuma ter a cor mais clara que as outras Jararacas. O desenho do dorso pode formar triângulos ou arcos escuros azuis, margeados de branco, o vértice atingindo o fio das costas. Apresenta grande variação de tonalidades numa mesma ninhada ( polimorfismo ). Tem fosseta loreal e a fêmea tem a cauda mais curta que o macho.


Hábitos Alimentares:
Quando filhotes, o Jararacão, como a maioria dos membros do gênero Bothrops, possui a extremidade da cauda ligeiramente clara ou amarelada. Isto porque, ela utiliza a cauda para atrair pequenas rãs e sapos, bem como pequenos lagartos dos quais se alimenta.
Quando adulta alimenta-se de pequenos mamíferos, aves, lagartos, serpentes e anfíbios.

Foto : Rafael Mendes

Pica-Pau Anão Barrado - Picumnus cirratus

Taxonomia:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae ( Leach, 1820)
Espécie: P. cirratus (Temminck, 1825)


Nome Popular: Picapauzinho,Pica-Pau-Anão-Barrado,Pinica Pau

Distribuição:
Florestas, matas ciliares e cerrado.
Comum no interior e borda de Florestas altas e capoeiras, a altura do sub-bosque.
Presente localmente na Amazônia Brasileira, na região do Baixo Rio Amazonas até o Maranhão,e ainda no Leste e Sul do País até o Rio Grande do Sul.
Encontrado também das Guianas á Bolívia, Paraguai e Argentina.


Características:
Este é o anão dos Pica-Paus. Mede aproximadamente 10 cm e pesa em média 11,5 gramas. As penas da nucas formam frequentemente uma pequena crista. Partes superiores uniformemente pardas, partes inferiores densamente barradas. O desenho preto e branco da cauda, do vértice e da nuca é, geralmente, igual nos diversos representantes. Machos de vértice e testa encarnados. Os indivíduos imaturos possuem cabeça parda uniforme. Vive geralmente solitário, acompanhando bandos mistos de aves comfreguência. Pousa em galhos finos, muitas vezes ficando sob os ramos.
Frequentemente seguro por baixo da galharia, bate violentamente agarrando-se com os pés excepcionalmente possante.


Hábitos Alimentares:
Se alimenta de larvas e adultos de pequenos insetos.


Espécie Ameaçada de Extinção

Foto : Rafael Mendes

Sapo Cururu - Rhinella icterica

Taxonomia:
Filo: Chordata
Sub Filo: Vertebrados
Super Classe: Tetrápodo
Sub Classe: Diapsida
Classe: Lassamphibia
Super Ordem: Salientia
Ordem: Anura
Família: Bufonidae
Gênero: Rhinella
Espécie: R. icterica (Spix, 1824)
[Sinonímia: Bufo ictericus]


Nome Popular: Sapo Cururu


Distribuição:
Espécie amplamente distribuída na Floresta Atlântica do Sudeste e Sul o Brasil.


Características:
É um sapo muito grande (machos de 100 - 130mm, fêmeas de 110 - 140mm), o machos são unicolores (cinza-amarelado) e as fêmeas são bege-parda-claras e assim como os filhotes possuem o dorso om padrão retangular de manchas escuras e uma estria médio-dorsal de coloração clara. O ventre é branco, marmoreado de castanho. Possuem cristas cefálicas pronunciadas; glândulas paratóides grandes e pele muito verrugosa (Kwet & Di-Bernardo, 1999; Carvalho-e-Silva e Izecksohn, 2001).


Hábitos Alimentares:
Na fase adulta alimenta-se de insetos em geral, lesmas e pequenos roedores. Quando girino alimenta-se de matéria em suspensão e na superfície d pedras e plantas submersas (Kwent & Di-Bernardo, 1999).

Foto : Rafael Mendes