A fauna da Floresta Atlântica representa uma das mais ricas em diversidade de espécies e está entre as cinco regiões do mundo que possuem o maior número de espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e sementes.

“A Terra em sua biografia conheceu cataclismos inimagináveis, mas sempre sobreviveu. (...) A degradação crescente de nossa casa comum, a Terra, denuncia mossa crise de adolescência. Importa que entremos na idade madura e mostremos sinais de sabedoria. Sem isso não garantiremos um futuro promissor. (...) Precisamos de um novo paradigma de convivência que funde uma relação mais benfazeja para com a Terra e inaugure um pacto social entre os povos no sentido de respeito e de preservação de tudo que existe e vive. Só apartir desta mutação faz sentido pensarmos em alternativas que representem uma nova esperança.”

Leonardo Boff
Extraído do livro: Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela terra.

Preservar o meio ambiente : um compromisso de todos.

Muriqui - Brachyteles arachnoides

Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Super Classe: Tetrapoda
Classe: Mammalia
Sub Classe: Theria
Ordem: Primates
Sub Ordem: Haplorrhini
Família: Atelidae
Sub Família: Atelinae
Gênero: Brachyteles
Espécie: B. arachnoides


Nome Popular: Muriqui, Mono-Carvoeiro


Distribuição
Sudeste do Brasil.
Habitam florestas tropicais úmidas de região montanhosa. Endêmico da Mata Atlântica. originalmente ocorria do sul da Bahia até São Paulo. Atualmente parece estar restrito a pequenas populações em áreas isoladas ao longo de suas distribuição natural.


Características
É o maior primatas das Américas e o maior mamífero endêmico do Brasil. Quando adulto chega a medir 1,30 m de altura, tendo o mesmo tamanho da cauda, pesando até 20 Kg. Possui pelos macios e lanoso, de cor predominante parda com partes amareladas no ventre e interior dos membros. A cara é preta, dai o nome "carvoeiro", lembrando os trabalhadores das minas de carvão que ficam com o rosto enegrecido. Os testículos também tem a cor preta. A cauda desse primata vale como um braço, tendo até 1,30 m de comprimento. Ela o ajuda a se movimentar entre as árvores e pegar alimentos. A ponta da cauda não tem pêlo e sim pele, semelhante à palma da mão, inclusive com sensibilidade de tato, permitindo o Muriqui a manipular objetos tão pequenos quanto uma ervilha e carregá-los durante o deslocamento nas árvores. A poderosa musculatura da cauda sustenta tranquilamente o corpo do animal pendurado. Os polegares aparecem na mão de forma rudimentar ou simplesmente não exitem em alguns animais. Os dedos são longos permitindo-lhes agarrar com firmeza mesmo os galhos mais distantes. Sua agilidade é apenas comparável à dos Gibões da Ásia e dos Macacos-aranha da Amazônia, fazendo deles os acrobatas da floresta. Os olhos frontais proporcionam-lhe uma visão binocular, como a dos humanos, felinos e algumas aves de rapina, possibilitando avaliar com precisão a distância dos objetos, um atributo essencial para quem vive pulando de galho em galho. Mesmo assim, Muriqui nenhum nasce sabendo saltar. As mães precisam ajudar os filhotes nas passagens mais difíceis, usando o próprio peso para aproximar os galhos, formando com o corpo deitado, os braço e as caudas estendidos, uma ponte sobre a qual a cria fará a travessia. O tempo de vida do Muriqui ainda é incerto, mas sabe-se da existência de exemplares com mais de 30 anos.


Hábitos Alimentares
Alimentam-se de vegetais e insetos.



Espécie Em Extinção